Esta pintura de Andy Warhol pode alcançar um recorde de US $ 200 milhões (R$ 986 milhões) em leilão. A venda de ‘Shot Sage Blue Marilyn’ pode quase dobrar o recorde atual do artista de US$ 105,4 milhões, estabelecido em 2013.
No que está prestes a se tornar uma das obras de arte contemporânea mais caras já vendidas em leilão, um retrato de 60 anos de Marilyn Monroe feito por Andy Warhol será vendido na casa de leilões Christie’s, em maio.
Chegando a uma venda de arte do século 20 em Nova York com uma estimativa mediante solicitação, Shot Sage Blue Marilyn (1964) deve alcançar uma soma de cerca de US $ 200 milhões. Se atingir sua expectativa, a venda pode quase dobrar o recorde atual de Warhol de US$ 105,4 milhões, estabelecido quando sua tela de 1963 Silver Car Crash (Double Disaster) foi vendida na Sotheby’s em 2013.
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Medindo 92 cm por 92 cm, a pintura em serigrafia mostra uma foto de imprensa do filme Niagara, de 1953, de Monroe. A imagem é uma que Warhol usou repetidamente em seu trabalho até sua morte em 1987. Ela deriva de sua série de retratos “Shot Marilyn”, que Warhol produziu após um incidente em seu estúdio no centro da cidade em 1964, quando um visitante anônimo atirou e danificou um tesouro de telas.
A obra está sendo vendida da propriedade dos negociantes de arte suíços Thomas e Doris Ammann, irmãos que co-fundaram a galeria da família, conhecida por atrair colecionadores de arte moderna e contemporânea. Doris dirigiu a empresa até sua morte aos 76 anos em março de 2021; seu irmão morreu quase três décadas antes, em 1993.
Todos os lucros da venda do retrato de Warhol irão beneficiar sua fundação homônima, uma entidade de caridade criada pelos curadores da família para beneficiar causas relacionadas à saúde e educação. A fundação deve funcionar por apenas um período de 3 a 5 anos até que os fundos da venda de Warhol sejam distribuídos integralmente, disse um porta-voz da Christie’s em comunicado.
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A venda do retrato de Warhol marca outro impulso para o mercado de arte pós-pandemia, à medida que grandes e há muito aguardadas remessas se tornam disponíveis nas coleções de colecionadores da Geração Silenciosa. Antes de Thomas Ammann adquirir a obra na década de 1970, ela pertencia à editora e colecionadora de Nova York S.I. Newhouse. Warhol produziu apenas cinco versões da pintura atual; outros permanecem em mãos privadas de mega-colecionadores como os investidores americanos Peter Brant e Ken Griffin.
Falando da importância do trabalho, Alex Rotter, presidente dos departamentos de arte do século 20 e 21, disse em uma entrevista coletiva na sede da casa em Nova York: “Esta pintura era um mistério para muitas pessoas no mundo da arte. Quando uma pintura como esta é leiloada, muda o mercado não só para Warhol, mas muda o próprio mercado.”
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