O negócio que levou Paulo Rogério Moreira da Silva da periferia de São Paulo para o mundo

O negócio que levou Paulo Rogério Moreira da Silva da periferia de São Paulo para o mundo
O negócio que levou Paulo Rogério Moreira da Silva da periferia de São Paulo para o mundo

De ex-pegador de bolinha de tênis à sócio fundador de uma franquia de fast food inovadora

 

Paulo Rogério Moreira da Silva, ou Paulinho Crek, é hoje sócio fundador da Pizza Crek, uma rede de restaurantes fast food que tem como o seu carro chefe uma pizza enrolada… literalmente! Mas o sucesso do negócio não veio da noite para o dia.

Ganhando alguns trocados como pegador de bolinhas em clubes de tênis, Paulo também foi empacotador em supermercado, lavou copos em pizzaria, fez bicos como flanelinha e estagiou como advogado (profissão que não chegou a exercer efetivamente). Contudo, ao ficar desempregado e ver a necessidade de seguir pagando as contas, ele decidiu arriscar e empreender com a ajuda do cunhado.
Assim, Valber Silva, pizzaiolo desde os 13 anos, entrou no negócio.

Iniciando os trabalhos em casa, no bairro Capão Redondo, periferia da Zona Sul de São Paulo, com a ajuda de margens de crédito em bancos e cartões de crédito emprestados, Paulinho e Valber fizeram sucesso. Porém, as dívidas só acumulavam, ainda mais depois de abrirem uma loja física em Paraisópolis.

O negócio que levou Paulo Rogério Moreira da Silva da periferia de São Paulo para o mundo
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Sem gestão e o planejamento adequados, os produtos eram vendidos muito abaixo do preço necessário para a margem de lucro dos sócios, gerando prejuízo. A loja funcionou de 2009 até 2013, quando Paulo resolveu recorrer a Marcos de Carvalho Pagliaro, seu antigo chefe no escritório de advocacia.

Pagliaro, depois de ouvir a história do ex-funcionário, embarcou na ideia e levou o amigo Bruno Fagundes junto, também sócio do escritório. Eles começaram a ajudar na gestão, fazendo com que o empreendimento decolasse!

“Em um ano equalizamos as dívidas, saímos de Paraisópolis e abrimos duas lojas no Morumbi e uma na Vila Olímpia. Deixamos Paraisópolis, mas, estrategicamente, abrimos na mesma região, só que em um local com mais espaço para operação”, conta o advogado.

Em 2015, o negócio foi reformulado para virar franquia. Hoje, a rede tem 78 unidades no Brasil e mais quatro nos EUA (duas em Miami e duas na Califórnia), totalizando 82 unidades. Apenas sete são próprias.

A rede também faturou R$ 86,2 milhões em 2021. Servidas individualmente, as pizzas possuem 60 sabores, entre salgadas, doces e veganas. Custam de R$ 10,90 a R$ 17. O minicrek é vendido a R$ 2,50.

O negócio que levou Paulo Rogério Moreira da Silva da periferia de São Paulo para o mundo
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“Quando olho pra trás, vejo que cheguei até aqui com muito trabalho, esforço, dedicação e parceria. Sem os meus sócios, nada disso seria possível”, aponta o rapaz. “Acho que o segredo é acreditar, é ter esperança! E pensar que a inovação nem sempre vem com algo novo, mas quando você reinventa algo que já existe e o deixa ainda melhor”, afirma Paulo.

Mais sobre “Paulinho Crek”

Filho de uma família pobre natural de Pedra (PE), Paulo Rogério chegou em São Paulo com poucos meses de vida, em 1984. O pai, Genecy, foi o primeiro a vir; depois, buscou a esposa, Maria Selma, e os três filhos (Luciana, Adriano e Paulo).

Outros dois filhos (Cristiano e Natália) nasceram em São Paulo. A família morou na periferia da capital e em Itaquaquecetuba (SP).

Por meio de seu perfil no Instagram, o empresário compartilha as novidades da Pizza Crek e divide com os seguidores alguns momentos da vida pessoal.

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