Atemporal, resistente e ótimo custo-benefício: como escolher o melhor granito para sua casa

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Atemporal, resistente e ótimo custo-benefício: como escolher o melhor granito para sua casa

Considerado um material nobre e atemporal, o granito segue como o queridinhos dos brasileiros quando o assunto é a execução de bancadas em geral, ilhas de cozinhas, pia e pisos.

Bastante presente em banheiros e cozinhas, o granito é uma rocha natural, composta pelos minerais quartzo, feldspato e mica, se destaca por sua durabilidade, resistência, fácil manutenção e excelente relação custo x benefício para as obras. E junto com esse universo de fatores, as variedades de granito, que se harmonizam com as diferentes propostas decorativas, é mais um atributo que faz dele presença garantida.

Neste apartamento de 120m², as arquitetas do Mirá Arquitetura o granito São Gabriel para revestir a ilha da cozinha. A cor faz uma relação direta com o estilo industrial adotado para todo o projeto |Foto: Nathalie Artaxo
Neste apartamento de 120m², as arquitetas do Mirá Arquitetura o granito São Gabriel para revestir a ilha da cozinha. A cor faz uma relação direta com o estilo industrial adotado para todo o projeto |Foto: Nathalie Artaxo




Com um leque de cores e padrões, segundo a arquiteta Fernanda Hardt, sócia de Juliana Rinaldi no escritório Mirá Arquitetura, as mais empregadas nos projetos costumam ser o São Gabriel, o Branco Itaúnas e o Cinza Andorinha. “Independentemente da sua nomenclatura, que tem muito a ver com a coloração, todos os granitos apresentam ótima resistência à água e ao calor, suportando de 150 a 200 graus. Após deliberar sobre a tipologia, a durabilidade também está relacionada ao tipo de acabamento. O polido, por exemplo, tem uma performance superior”, explica.

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Na pequena cozinha do apartamento, o granito Itaúnas, eleito para a pequena pia, foi eleito para compor o projeto que teve como premissa tons claros e neutro |Foto: Nathalie Artaxo

Conhecendo os granitos mais empregados nos projetos
São Gabriel:

Com sua coloração preta, Juliana conta que o São Gabriel encabeça a lista dos preferidos em função da sofisticação, dos atributos de resistência e do preço mais acessível. Ideal para compor ambientes internos e externos, costuma ser eleito para bancadas de cozinha, varandas gourmet, churrasqueiras, além do revestimento de pisos e escadas. Pedra nacional, é composta por grãos medianos e irregulares que resultam em uma aparência que combina super bem nos projetos;

Cinza Andorinha:

Com o tom predominante cinza e pigmentos pretos espalhados em sua superfície, o Cinza Andorinha, assim como os outros, é altamente resistente e se configura com uma notável opção para bancadas de cozinha, combinando com um estilo mais clássico por meio do visual neutro e discreto. “Ao planejar o ambiente com o granito cinza, o morador deve se atentar às outras cores que estarão presentes no local para que ele não se destoe no contexto”, comenta Juliana. Ela ainda acrescenta que esse tipo de pedra é impermeável, sem porosidade e não mancha;

Itaúnas:

Empregada com frequência nos projetos, por sua tonalidade clara, combina perfeitamente com mobiliários brancos e amadeirados. Uma de suas vantagens é a facilidade na limpeza, que deve ser feita somente com água e detergente neutro. É recomendada para cozinhas pequenas, pois traz a sensação de amplitude para o ambiente e, se for instalada na parte externa, é fundamental que promover o acabamento flameado ou escovado, pois em contato com a água, pode se tornar muito escorregadio;

Branco Polar:

Com um fundo mais branco e manchinhas pretas espaçadas, este granito é uma boa escolha para quem busca um estilo de decoração mais clean e minimalista. Ele valoriza a bancada ou o piso, porém o cuidado com a limpeza deve ser redobrado.

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Com o intuito de propiciar amplitude para esse espaço gourmet, as arquitetas empregaram o granito Itaúnas |Foto: Nathalie Artaxo

Como escolher a pedra de granito

Segundo Fernanda, a definição depende das características do projeto, visto que existe uma grande variedade de cores, tons e tipos de acabamento, entre outros fatores, a serem considerados. Os granitos em tons claros são classificados como os de menor durabilidade, pois no dia a dia da cozinha estão constantemente expostos aos respingos de molhos, gorduras e outras sujeiras. Com isso, sofrem com o desgaste devido ao uso de produtos de limpeza mais fortes. “Para aumentar a vida útil do granito, sempre sugerimos o tratamento da pedra com impermeabilização, polimento ou mesmo a aplicação de massa acrílica para selar possíveis trincas”, aconselha a arquiteta.

Já os granitos com tons mais escuros ocultam possíveis manchas ou riscos que podem vir a marcar a pedra, além de serem polivalentes na composição do décor de cozinhas e área gourmet.

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Com tantas vantagens, o morador pode incorrer no erro de consumir granitos de tons escuros em excesso. As profissionais da Mirá Arquitetura sugerem cautela, uma vez que exagerar nessa paleta em um mesmo local propicia um ambiente carregado e com a percepção de serem menores. A medida do sucesso é investir na versatilidade dos granitos escuros com inteligência e bom senso.

Buscando uma conduta assertiva, as duas especialistas gostam de levar seus clientes às marmorarias ou disponibilizam amostras para que sejam comparadas visualmente com os demais elementos já definidos como armários e cores das paredes. “Esse processo dissolve quaisquer dúvidas e acaba trazendo mais tranquilidade na hora de escolher. Além da cor, o tratamento da pedra interfere diretamente na decoração do ambiente. O levigado (fosco) deixa o espaço mais moderno e, o polido, com um aspecto mais tradicional”, Juliana.

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Granitos em tons mais escuros se tornam mais duradouros, pois não mostram as marcas e as sujeiras. Por isso, são ideais para cozinhas |Foto: Nathalie Artaxo

Cuidados e manutenção

Manter o granito em bom estado requer uma certa atenção. O primeiro passo é evitar o acúmulo de água e poeira na superfície e promover a limpeza frequente com água, sabão neutro ou produtos específicos que conferem o aspecto de novo. Materiais abrasivos podem danificar a pedra: posto isso, não é apropriado a aplicação de detergentes alcalinos, água sanitária, querosene e sabão em pó, que interferem na qualidade e estética da pedra.

Outro questão que não deve ficar em segundo plano é a impermeabilização a cada seis meses e a instalação efetuada por profissionais especializados, evitando desníveis e problemas futuros.

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