Marian Turski, sobrevivente de 94 anos do campo de extermínio de Auschwitz, comemorou de forma remota o 76º aniversário de libertação pelas tropas soviéticas nesta quarta-feira (27), ciente de que talvez nunca retorne, devido à pandemia de coronavírus.
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Sobreviventes e funcionários do museu disseram à Reuters que temem que a pandemia possa encerrar a era em que ex-prisioneiros de Auschwitz podem contar suas próprias histórias aos visitantes no local. A maioria dos sobreviventes de Auschwitz está na casa dos 80 a 90 anos.
“Mesmo se não houvesse pandemia, haveria menos sobreviventes a cada aniversário”, disse Turski à Reuters em entrevista virtual de sua casa em Varsóvia. “Pessoas da minha idade que já são vulneráveis a muitas outras doenças também estão na primeira linha de fogo para esse vírus.”
O Museu e Memorial de Auschwitz-Birkenau preserva o campo de extermínio de Auschwitz montado em solo polonês pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Mais de 1,1 milhão de pessoas, a maioria judeus, morreram nas câmaras de gás do campo ou de fome, frio e doenças.
A cerimônia que marcou a libertação do campo incluiu discursos de sobreviventes, do presidente da Polônia, Andrzej Duda, e diplomatas israelenses e russos, bem como um debate sobre a influência do Holocausto nas crianças.
Outras cerimônias virtuais também aconteceram para marcar o Dia em Memória do Holocausto.
O Memorial está fechado para visitantes há 161 dias por conta da pandemia. Em 2019 foi visitado por cerca de 2,3 milhões de pessoas. Em 2020, esse número caiu para cerca de 502 mil.
Fonte: Agência Brasil