Mesmo com o crescimento, pesquisa revela déficit de mais de 540 mil profissionais para os próximos cinco anos
Com o aumento dos trabalhos em home office e os aparelhos eletrônicos cada vez mais ligados às atividades humanas, houve um aumento da demanda por celulares, tablets, computadores e outros. E assim como tudo que é muito utilizado, em algum momento o produto acaba ficando desgastado, o que atrapalha no bom funcionamento do mesmo.
Tendo total influência da pandemia, esse consumo vem acelerando os setores de venda e de assistência técnica para reparos. De acordo com dados das pesquisas do Google, mais da metade dos brasileiros preferem a manutenção, enquanto cerca de 10% optam pela compra de um novo aparelho.
Trabalhando há mais de 15 anos no mercado de reparos de celulares, Lucas Linhares, que é cofundador do Grupo PLL – a maior empresa de manutenção de aparelhos celulares da América Latina -, revela como esse aumento da demanda vem potencializando novas oportunidades de negócio no Brasil.
“Pra você ter uma ideia, recentemente saiu uma notícia que a busca por “manutenção de celulares” aumentou demais em 2021. O brasileiro está descobrindo que é vantagem reparar o celular e economizar aquele dinheiro que muitas vezes, ele não tem. Na PLL criamos uma logística que pensa no cliente a todo momento. Elaboramos um processo em que os clientes ficam muito pouco tempo sem o celular, o que não afeta tanto a rotina de trabalho e de casa. Foi nessa questão “tempo sem celular” que ganhamos o mercado e fidelizamos nosso cliente”.
Segundo a plataforma GetNinjas, houve um crescimento de 40% entre 2020 e 2021 na procura por assistência técnica de produtos eletrônicos. Apesar dessa alta, existe uma falta de mão de obra qualificada. De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, nos próximos cinco anos o mercado terá 800 mil vagas para apenas 260 mil profissionais formados.
Mesmo com cada vez mais jovens se interessando pelo mercado da tecnologia, incluindo o de manutenção de aparelhos eletrônicos, ainda existem muitas estratégias que precisam ser definidas para que essas vagas sejam preenchidas. Com o desemprego de um lado e o déficit de profissionais especializados do outro, é preciso investimentos para que aconteça um equilíbrio que possa gerar mais oportunidades de carreira.
“Na PLL estamos sempre de olho nos jovens profissionais que estão se profissionalizando nas escolas técnicas. Temos um programa chamado “Jovem Aprendiz PLL” no qual conseguimos dar todo o suporte para que esses estudantes possam se qualificar ainda mais no mercado de trabalho. Impulsionamos essa nova geração com oportunidades de emprego e com isso contribuímos para girar a economia”.
