Os hospitais particulares brasileiros já estão receitando dexametasona para pacientes internados com Covid-19 em estado grave.
Um estudo da Universidade de Oxford (Inglaterra), no âmbito do mega estudo clínico Recovery, o maior ensaio clínico mundial para encontrar medicamentos eficazes contra o novo coronavírus e concluiu que a dexametasona consegue reduzir a mortalidade entre doentes graves com covid-19. Porém cientistas pedem ainda alguma cautela.
Ainda segundo a Universidade de Oxford (Inglaterra), que também lidera a pesquisa por uma possível vacina, o medicamento é capaz de reduzir a inflamação no pulmão, salvando um terço dos pacientes internados na UTI. Entre os doentes que apenas recebem oxigênio, a dexametasona proporciona diminuição de 20% no número de mortes.
O que é a dexametasona?
A Dexametasona um anti-inflamatório e imunossupressor da família dos esteroides muito acessível e que está no mercado há já 60 anos. É usado no tratamento de asma, reações alérgicas e artrite reumatoide. O uso do medicamento dexametasona em casos de pneumonia aguda não é novo, mas os profissionais da área aguardavam dados mais precisos sobre sua eficácia. Da mesma forma, ainda não há um protocolo para o seu uso, cabendo ao médico a decisão de utilizar o medicamento.
Dexametasona contra a Covid-19
Ainda não se sabe ao certo como o medicamento age contra a Covid-19, mas especialistas alertam que o medicamento não surte efeitos em casos leves e que não necessitem de apoio respiratório.
Por usar uma dosagem baixa, de 6 mg, o estudo da Oxford ganhou credibilidade. Se usado em grande quantidade, os corticoides podem interromper a resposta imune do organismo, fazendo com que a medicação não tenha efeito.
Segundo os estudos a dexamesatona também não pode ser usada como um método de prevenção.