O número de registros de óbitos no Brasil em 2020 chegou a 1.513.575, uma alta de 14,9%, ou 195.965 mortes a mais que em 2019, sendo que 99,2% das mortes ocorridas a mais foram por causas naturais.
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Tanto em percentual quanto em números absolutos, foi a maior alta desde 1984, aponta a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento percentual de óbitos entre os homens (16,7%) foi maior que entre as mulheres (12,7%). A maioria das mortes (70%) foi de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
A pesquisa revelou aumento de 16,6% em mortes por causas naturais na faixa etária de 60 anos ou mais. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução de óbitos de 2019 para 2020.
Segundo a gerente da pesquisa, Klívia Bayner de Oliveira, o efeito da pandemia de covid-19 foi captada nas estatísticas tanto pelo aumento expressivo de mortes no ano passado quanto pela queda de registros de nascimentos e casamentos, devido às medidas de isolamento social.
“O mês de maio foi o que teve maior ocorrência de óbitos com variação de 29% com 33.458 óbitos a mais se comparado a 2019 e dezembro também teve uma variação importante com 22.992 a mais”, disse a pesquisadora.
Cerca de 73,5% das mortes de 2020 ocorreram em hospital, 20,7% em domicílios e em 5,8% em outro local de ocorrência ou sem declaração.
Segundo o levantamento, todas as regiões tiveram alta significativa no número de óbitos. Os maiores aumentos foram no Norte (25,9%) e no Centro-Oeste (20,4%). O Nordeste (16,8%) também teve alta superior à média do país (14,9%). Sudeste (14,3%) e Sul vieram a seguir (7,5%). O estado do Amazonas teve variação de 32% a mais nas mortes na comparação com 2019.