Em tempos de crise econômica, as joias usadas passaram a ser vistas como ativos por um número maior de pessoas, seja para investimento ou para saldar dívidas.
O valor do dólar influencia diretamente na cotação do ouro, fazendo com que o cenário seja atrativo e com a grama do metal superando R$ 300 neste mês, isso impulsiona o mercado de joias usadas no Brasil.
Avner Itshak Mazuz, CEO da Vecchio Joalheiros explica que a compra e venda acabou ganhando ainda mais força com a média de valor que o ouro alcançou durante a pandemia. Antes deste período, o valor médio para a grama do ouro estava em R$150 e, atualmente, este valor dobrou.
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O dólar, principal parâmetro para negociações no mundo inteiro, também apresentou grande aumento durante a pandemia, saltando de R$ 4,50 para o valor atual médio de R$ 5,20 demonstrando crescimento de mais de 15,5%.
“Com esses índices, o momento é favorável para boas negociações. O valor de cada grama, entretanto, não é o único item que é levado na hora da compra ou venda. Existem outros, como a raridade, a coleção, ter pedras preciosas ou não. Este movimento impulsiona algo além dos negócios, como o fortalecimento da cultura de objetos de segunda mão”, explica o executivo.
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Neste ano, a Vecchio avalia que a procura por serviços de compra de joias já subiu em 45% e crescimento para venda em 26%, enquanto o setor de joias e metais preciosos no Brasil movimentou US$ 146,38 milhões em exportações, segundo dados divulgados pelo MDIC.
Já o faturamento do mercado brasileiro de joias, no ano de 2021, teve aumento de 20% comparado ao ano de 2020, atingindo a marca de US$ 4,5 bilhões faturados, segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).
Sustentabilidade, a joia da coroa
Segundo dados divulgados pela entidade internacional, World Gold Council, com relação aos números do setor para o primeiro trimestre de 2022, o mercado do ouro iniciou o ano de forma “sólida”. Outro dado importante divulgado pela entidade foi que a oferta do ouro reciclado aumentou em 15% no comparativo com o ano passado, significando que este primeiro trimestre de 2022 foi o mais forte no período de 6 anos, para a atividade de reciclagem do ouro.
“O mercado de luxo tem entendido cada vez mais que a circulação de uma joia cara tem benefícios econômicos e ambientais. Para a nova geração, principalmente, diminuir impactos é tão ou mais valioso que a exclusividade de uma peça. As grandes coleções assinadas continuarão fazendo um ótimo trabalho, mas devem surgir mais empresas especializadas em atender quem busca passar adiante suas joias”, finaliza o CEO.
A simbologia do ouro
Material favorito no Egito Antigo para a fabricação de joias e outros objetos ornamentais para associar as pessoas ao poder e prestígio, até hoje o ouro mantém a simbologia de conquista, como no caso das Olimpíadas, que desde o início das competições, em 1896, premiam o melhor atleta de cada modalidade com a entrega de uma medalha de ouro.
Considerado o metal mais maleável e que não corrói, o ouro para as nações é uma das principais referências econômicas. Muitos países contam com a chamada “reserva do ouro”, uma segurança financeira para casos emergenciais contra crises cambiais.
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