Especialista em relacionamento, comportamento e liderança, a empresária Ana Lisboa explica como personalidades dicotômicas podem acabar sendo atraentes, mas há riscos de o amor não resistir à imaturidade
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Se existe uma metade para toda laranja por aí ninguém sabe. Mas que têm perfis que se atraem mais que outros… Isso sim. E algumas dessas teses têm lá um fundamento psicológico que faz todo o sentido – como é o caso da “mulher masculina” com o “homem menino”. Esse debate, especificamente, tomou conta das redes sociais em discussões pelo Twitter e Instagram sobre quem dá certo com que tipo de personalidade.
Para a especialista em relacionamento, comportamento e liderança Ana Lisboa, esse aspecto tem a ver com o estilo de vida frenético que a maior parte da sociedade adotou de uns anos para cá.
“A busca pelo ‘ter’ e a valorização de características masculinas como “focada, guerreira, objetiva…” só aumenta e as mulheres esqueceram do seu real valor.
No entanto, não podemos dizer que seja um sonho de consumo tornar-se paciente e amorosa tanto quanto viver em alta performance não é?
Esse olhar de fraqueza, comumente associado ao feminino, fez com que se travasse uma verdadeira guerra mental. Mulheres que vão nessa contramão seja pelo motivo que for, acabam se tornando mais atraentes, mas, sobretudo, para determinado público masculino”, fala, se referindo a uma relação heterossexual.
A empresária esclarece os contras desse excesso de masculino. Refere que na fase dos 30, essas mulheres estão cheias de especializações, cursos e certificados. “Depositam no trabalho toda a necessidade de pertencimento a algum grupo e aprovação, mas internamente se sentem inseguras, corrobora.”
Depois, se deparam com homens que só cresceram na idade, mas são imaturos. “Eles geralmente também são filhos de mães fortes e não têm referência de proatividade paterna.
Logo, não a sobrecarga e o masculino da mulher completa a ingenuidade e a criatividade desse homem, mas até que ponto? complementa.
Nesse vai e vem de estilo, o que poderia ser uma mistura perfeita vira um desastre na sociedade. “Mulheres fortes e sobrecarregadas e homens meninos, estimulam a insegurança da mulher, as relações abusivas e uma série de danos na saúde mental”, reitera.
O problema, de acordo com Ana, é que as mulheres acreditam que podem mudar o homem – o que é um engano. “É um ciclo que se repete, mas com a esposa. Quando vêm os filhos, então… A mulher assume, definitivamente, todas as funções. Só que isso acaba gerando uma geração, uma sociedade traumatizada”, termina.
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