Samara Felippo usou o seu perfil oficial do Instagram para expor mensagens racistas direcionadas às filhas Alícia e Lara Barbosa, de 12 e 8 anos, desabafou e chamou a atenção para a importância do assunto.
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“Olhem essas frases, como batem em você? Não quero linchamento, apenas reflexão. Não adianta você simplesmente dizer que não é racista. É preciso pensar e agir. Imaginem quantas crianças pretas sofrem todos os dias, deixam de estudar, machucam seu coro cabeludo para alisarem os cabelos, se odeiam e crescem cheias de dores e traumas”, começou ela.
“Comecei meu trabalho como ativista nas redes sociais sem saber nada, comecei meio que num baque de ódio por minha filha querer alisar o cabelo aos 7 anos para se encaixar na turminha de amigas brancas da escola. Fui me desconstruindo a cada dia, a cada descoberta e uma delas foi o quanto cresci racista”, revelou.
“Nessa reeducação, fui procurando, estudando e aplicando em casa com minhas filhas. Mas você branco não precisa ser pai ou mãe de uma criança preta para começar a agir […] Acredito que existem muitas formas de combater o racismo, a 1º é nomear, RACISMO, ele existe e é um fato, a 2º é brancos reconhecerem seus PRIVILÉGIOS e a 3º para mim, dentro da minha história é a REPRESENTATIVIDADE positiva, não só para crianças pretas se reconhecerem e entenderem que seus cabelos, traços e raízes são sinônimos de beleza, mas para que crianças brancas cresçam com a normalização de corpos pretos ocupando espaços relevantes, de destaque por toda a sociedade”, continuou.
“Essas não são as primeiras e nem serão as últimas frases que lerei ou que elas terão que lidar. Fica aqui minha reflexão para você branco que me segue: como reconhece e o que faz numa situação racista? A escola de seus filhos tem uma educação antirracista? O que você acha que ainda reproduz mergulhado dentro da sua bolha branca? Acho que esse já é um excelente exercício para começarmos”, finalizou.